Perspectivando as mudanças ocorridas a partir de meados dos anos noventa, com o advento da sociedade-rede –, a autora analisa a problemática do e-learning, no âmbito do projecto “@prende.com”. As linhas de reflexão centram-se na comunicação online em contextos de e-learning e, em particular, no desenho de metodologias e no estudo das dimensões interpessoais e intrapessoais nessas comunidades de aprendizagem.
Milhões de pessoas em todo o mundo fazem parte de grupos sociais mediados pela Internet. Através das palavras, partilham-se sentimentos, argumentos, participa-se em discussões científicas, fazem-se planos. A diversidade sociocultural constitui uma dimensão estruturante destes grupos.
Em 1993, Rheingold definia as Comunidades Virtuais como agregados sociais que emergem da/na Internet e que promovem e criam relações grupais no ciberespaço. O potencial social destes grupos advém do uso independente, descentralizado e consolidado das tecnologias e está, necessariamente, associado, entre outros, aos
valores de comunidade, democracia, educação, ciência, poder, cidadania. O autor considera que a possibilidade de interacção síncrona ou assíncrona entre seres humanos, fisicamente situados nos antípodas, reconfigura as concepções de espaço e de tempo nas relações sociais. As comunidades virtuais são cenários privilegiados
para a emergência destas relações sociais.
As problemáticas da alteridade, polifonia, diversidade discursiva (Vygotski, 1979; Bakhtin, 1995) que a matriz educacional moderna, associada ao domínio da razão e verdade únicas, não foi capaz de identificar (Rebollo, 2001), actualizam-se nestes grupos, reenquadram a investigação sobre comunidades virtuais de aprendizagem e ultrapassam o argumento de que esta corresponde a uma mera opção pontual, momentânea, condicionada exclusivamente pelas necessidades de instituições que fundam a sua acção educativa no e-learning. A complexidade de relações e de papéis vinculados a estes grupos educativos carece de dinâmicas de investigação interdisciplinares amplas. É nesta lógica que o projecto “@prende.com” inscreve, como unidade de investigação, as Comunidades de Aprendizagem.

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segunda-feira, 13 de junho de 2011
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